Anoitece em um jardim. E a noite traz com ela mistérios, segredos, o medo e o desconhecido. Mas a noite acorda
várias criaturas também. E acorda o sonhar.
No sonho imagens se criam, ganham forma e vida. Estrelas,
sapos, corujas e vagalumes tornam-se guias, a conduzir a criança por esta trilha mágica que leva ao amanhecer.
A madrugada, com suas nuances de cor, revela aos poucos a sinfonia dos passarinhos. O orvalho cintilante, a infinitude de
cores trazidas pelo sol. Novas descobertas no jardim. O mato, a flor, a fruta. As abelhas, formigas e borboletas. E os sons
que permeiam tudo.
Depois, à tarde, a chuva. O barulhinho da chuva nas folhas. O cheiro de terra encharcada de
vida. As minhocas e o arco íris.
Mas é preciso anoitecer, o dia também precisa descansar. E vem
o sono, e vêm a noite. E é pela mão da poesia que se faz essa passagem, a travessia entre real e imaginário,
entre o estar desperto e o sonhar, dia e noite, noite e dia.
O jardim é microuniverso, pedaço de paraíso,
também a matéria da qual somos feitos. O jardim somos nós, também nós amanhecemos e anoitecemos.
O jardim como metáfora da vida, do nascer e do morrer. A poesia como o fio dourado que conduz pela viagem da
existência.
⏰ 03.08, às 19h (com intérprete de
libras) | 04.08, às 16h
📌 Centro Cultural Sesi Pato Branco | R. Xingu,
833 - Amadori
👉 Espaço sujeito a lotação.